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PDUI apresenta visão de futuro e soluções preliminares em saneamento

14 de agosto de 2017

A questão do Saneamento Ambiental, com destaque para o problema da escassez de recursos hídricos, é um dos principais temas do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo dados apresentados no Caderno Metropolitano 4, lançado na última semana pela Câmara Metropolitana, a questão do saneamento é diversa e desigual. Mesmo com índices de abastecimento satisfatórios, chama a atenção, entre outras coisas, os altos valores de perdas em linhas e da intermitência do serviço em várias regiões, esta última causada pela falta de estoque de água.

Para o especialista deste eixo no PDUI, o coordenador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ, Paulo Canedo, os vazamentos na rede estão calculados na ordem de 32%, mas podem ser ainda maiores. “Sabemos que o nível de perdas é enorme na Região Metropolitana. Na verdade, o combate ao desperdício no sistema de distribuição hídrica é nacional, que alcança cerca de 48% de perdas no país”, afirma.

Uma diretriz apontada pelo Plano foi a criação de um Programa de Redução de Perdas que vise a implantação de dispositivos, como válvulas redutoras, e reservatórios para diminuir pressões excessivas na rede de abastecimento. Além disso, a substituição de tubulações deterioradas das redes de abastecimento e das adutoras e de melhorias no sistema de participação popular na fiscalização.

O texto ressalta ainda a forte dependência das águas do rio Paraíba do Sul e a falta de redundância no sistema, com possíveis mananciais alternativos, de menor porte, não explorados ou sequer inventariados. Como possível solução, o Plano aponta uma série de propostas preliminares, entre elas aumentar a segurança hídrica a partir da busca por novos mananciais.

Quatro ações seguem em discussão: implantação da barragem do Rio Major Archer e utilização da barragem do Rio Saracuruna, utilização de parte do volume do Reservatório de Lajes e da barragem de Juturnaíba, por meio de sua recuperação e reforma e implantação de barramentos junto à Serra do Mar, de modo a reforçar a disponibilidade hídrica da RMRJ.

Já a qualidade do sistema de coleta e tratamento de esgoto doméstico é absolutamente insuficiente para proporcionar habitantes e ambiente saudáveis, ficando claro que a adequação do esgotamento sanitário está muito distante de todas as metas. Percebe-se que os índices de coleta são um pouco maiores que os de tratamento, mas há inúmeras conexões indevidas com o sistema de drenagem, que não permitem nenhum tipo de defesa aos corpos d’água receptores destes despejos.

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