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A Câmara Metropolitana de Integração Governamental realizou, no dia 8 de agosto, um workshop para discutir e levantar propostas para o Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano Integrado da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O evento, que contou com a parceria da WRI Brasil, reuniu, no auditório da Câmara, engenheiros, arquitetos e representantes das prefeituras de algumas das cidades da Região Metropolitana do Rio, além de alunos do mestrado em Engenharia Civil da Coppe/UFRJ.

Segundo o diretor executivo da Câmara Metropolitana, Vicente Loureiro, o momento atual é de eleger projetos estruturantes e ações prioritárias para o desenvolvimento da região. “A gente discute se a solução é essa ou aquela, privatizar ou não privatizar, mas esquece de discutir o que realmente precisamos fazer. O mais importante é elevar o padrão de vida da população”, afirmou. Loureiro lembrou ainda que 75% dos empregos estão localizados nos grandes centros urbanos. “É preciso distribuir a oferta de emprego. Não há sistema de transporte que suporte a realidade atual”, alertou.

Em seguida, os coordenadores da WRI Brasil Luiza Schmidt e Henrique Evers fizeram uma apresentação sobre a ONG e sobre o Desenvolvimento Orientado ao Transporte Sustentável – DOTS, modelo utilizado para conduzir a dinâmica de trabalho realizada na parte da tarde do evento, que dividiu os presentes em sete grupos de debate. Luiza explicou que o trabalho da WRI Brasil é catalisar e implementar soluções de mobilidade e desenvolvimento urbano limpas, eficientes, acessíveis e sustentáveis, que ajudem a aumentar a qualidade de vida e permitam o acesso de todos, nas cidades dos países emergentes. Sobre o evento, Luiza enfatizou a importância da participação dos municípios da Região Metropolitana no processo de construção do PDUI. “O estado tem o papel fundamental de coordenar todo o processo, porém ele não pode fazer sozinho e precisa da colaboração dos municípios”, enfatizou a especialista.

Depois foi a vez de Henrique Evers, que apresentou o Guia DOTS para Comunidades Urbanas, publicado pela WRI México. Segundo ele, o modelo é organizado em quatro escalas (urbana, interbairros, bairro e da via) e apresenta os seguintes elementos da mobilidade por transporte público, transporte privado e transporte não motorizado: serviços, redes, infraestruturas, estacionamentos, calçadas, ciclovias e segurança viária. Em cima desse modelo, os participantes do workshop passaram a tarde desenvolvendo soluções de mobilidade para diferentes centralidades urbanas da Região Metropolitana do Rio que serão agora analisadas pelos especialistas do Consórcio Quanta-Lerner. Se consideradas viáveis, as propostas passam a integrar o PDUI.

Representando a Secretaria de Mobilidade Urbana do município de Belford Roxo, Carlos Norberto elogiou o encontro. “Hoje eu consegui realmente perceber que tem gente séria trabalhando para solucionar um problema que já vinha se arrastando há tempos, com o desenvolvimento de um trabalho técnico, sem interferência política”, declarou Norberto. Para ele, o empenho dos municípios participantes de trazer suas necessidades para a discussão demonstra uma real preocupação com a população e com a melhoria da qualidade de vida. “Com certeza, a Câmara Metropolitana poderá contar com a participação da nossa prefeitura no desenvolvimento e na realização do Plano”, afirmou.