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AFD e Câmara Metropolitana estudam modelos de transporte

20 de fevereiro de 2017

No último dia 15, secretários e técnicos das áreas de Transporte, Urbanismo e Planejamento de municípios da Região Metropolitana, e da Secretaria de Estado de Transportes, participaram de um workshop sobre o Projeto de Desenvolvimento Urbano do Eixo Pavuna – Arco Metropolitano. O estudo, desenvolvido em parceria com a Agence Francese de Développement – AFD (Agência de Desenvolvimento Francesa), apontará a viabilidade para se levar o melhor meio de transporte até a Baixada Fluminense.

O projeto de revitalização do corredor viário Pavuna – Arco Metropolitano começa a ganhar corpo, com a decisão da Câmara Metropolitana de Integração Governamental de buscar a reestruturação urbana do entorno da via férrea, sem a retirada do transporte de cargas. Hoje, o trecho ferroviário é administrado pela empresa MRS, e localizado próximo a duas vias expressas, a Via Light, do lado esquerdo no sentido Pavuna-Nova Iguaçu, e pela Via Dutra, no lado direito.

Durante o evento foram apresentadas três possibilidades de intervenção: o reforço do transporte ferroviário de carga, com possibilidade de duplicação do trecho; a utilização do transporte coletivo não segregado ao transporte de cargas; e a opção de transferência do ramal de cargas para o trecho ferroviário entre Ambaí, em Nova Iguaçu, e São Bento, em Duque de Caxias, hoje desativado.

De acordo com o diretor executivo da Câmara Metropolitana, Vicente Loureiro, o trecho tem cerca de 430 mil habitantes no seu entorno e um grande potencial de desenvolvimento urbano e econômico. Com 18 quilômetros de extensão, liga o bairro da Pavuna, no Rio de Janeiro, até Santa Rita, em Nova Iguaçu, passando por São João de Meriti, Mesquita e Belford Roxo.

Loureiro explica que o objetivo é desenvolver um sistema de transporte de passageiros integrado para a Baixada Fluminense, aproveitando parte da faixa de domínio da ferrovia e das vias urbanas próximas. “Queremos, com esta iniciativa, buscar a reestruturação urbanística do entorno da via férrea, ampliando a oferta de moradias, emprego, educação, atendimento médico e hospitalar, lazer e cultura”, explica.

De acordo com o diretor-executivo do Grupo Systra, Marc Olivier Maillefaud, a qualificação urbana do trecho será de grande importância para a população. “Apesar de ser um território muito povoado, com mais de 400 mil moradores, no local só existe transporte por ônibus. Com o estudo de viabilidade, vamos buscar soluções para recuperar este corredor, dando a ele não só dimensão de mobilidade, mas também de qualificação urbana”, disse Maillefaud.

O workshop contou com as presenças do subsecretário estadual de Relações Internacionais, Pedro Spadale, do cônsul geral da França no Rio de Janeiro, Brice Roquefeuil, e do coordenador de Projetos da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), David Willecome. A apresentação foi feita por técnicos do consórcio formado pela Tectran, filial brasileira do grupo francês Systra, e do Atelier Parisien d’Urbanisme (Apur), responsável pelos projetos de urbanismo da região metropolitana de Paris.  Todo o projeto é financiado pela Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), sem contrapartida financeira do Governo do Estado.

Este foi o terceiro workshop promovido pelo consórcio, que tem o objetivo de apresentar os diagnósticos e ouvir sugestões dos representantes dos cinco municípios. Nos próximos dois meses serão feitos estudos técnicos para escolher qual modal de transporte é o mais adequado, podendo ser o sistema rodoviário (BRT) ou ferroviário (VLT e metrô leve).

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