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Termo é assinado com concessionárias para troca de informações

16 de dezembro de 2016

O Governo do Estado lançou, nesta sexta-feira, o Projeto Geovias Metropolitano, criado pela Câmara Metropolitana de Integração Governamental. O projeto consiste no compartilhamento das redes de distribuição subterrâneas e aéreas para atendimento às demandas da gestão e coordenação das obras de forma integrada, planejamento de projetos para expansão das redes de infraestrutura, apoio ao planejamento e ordenamento do território no que concerne, principalmente, as áreas de expansão urbana, combate ao furto de água e energia elétrica e o aumento da segurança na execução de serviços. Um termo de cooperação foi assinado com a participação de oito empresas: CEG, CEG Rio, Ampla/Enel, Light, Cedae, Claro S.A., Oi/Telemar e Tim Brasil.

“A integração das informações das concessionárias será fundamental para o planejamento de obras públicas e privadas. Conversamos com as concessionárias que atuam na Região Metropolitana para construirmos um termo de cooperação customizado, em função das peculiaridades de cada empresa, no intuito de oferecer a elas as cartografias que nós efetuamos com o auxílio do Banco Mundial. As concessionárias vão trabalhar conosco para colocarmos em cima desta cartografia as redes de infraestrutura como Telecomunicações, Energia, Gás, Saneamento. Este mapeamento compartilhado, feito a várias mãos, nos auxiliará no processo de planejamento de obras. O conhecimento do solo também será fundamental para que agentes públicos e privados saibam de antemão o que poderão encontrar nos territórios de atuação, evitando, por exemplo, interrupções e transtornos ou a inclusão de gastos adicionais às obras por conta do que chamamos na prática de externalidades. Também acreditamos que este sistema será fundamental no caso da questão da inadimplência e cobrança de serviços. Temos que refletir sobre a contenção do processo de crescimento de áreas de risco”, afirmou Vicente Loureiro, presidente da Câmara Metropolita, em evento no Palácio Guanabara.

Para o diretor de Comunicação da Light, Ronald Freitas, a iniciativa é fundamental. “Este trabalho liderado pelo Governo do Rio é louvável para a atuação das empresas e órgãos públicos. Na medida em que você vai à rua, precisa saber o que está no subsolo. No caso da Light são 11 municípios, dos 31 da área de concessão, na Região Metropolitana. Isso aumenta a segurança da população, de nossas equipes. Você fura o subsolo sabendo o que há lá, minimizando danos”, concluiu o representante da empresa de energia.

Gerente de gestão de ativos da CEG e CEG Rio, José Magalhães, comemorou a ação. “Como engenheiro cartógrafo acredito que a ação é muito importante. Poderemos fazer com que a região se desenvolva, o estado do Rio se desenvolva. Tudo começa na cartografia e num bom planejamento”, disse o gestor.

Segundo o assessor técnico do presidente da Cedae, Flávio de Carvalho Filho, o sistema de compartilhamento de informações evita o desordenamento urbano. “A ferramenta também é importante porque tendo uma base atualizada é possível organizar melhor o cadastro de clientes controlando parte da clandestinidade gerada pelo desordenamento urbano”, afirmou.

Plano de trabalho

A partir de fevereiro de 2017 o estas informações começarão a ser integradas e disponibilizadas às prefeituras, órgãos públicos e as concessionárias. O sistema informatizado ficará sob responsabilidade do Governo do Estado e contará com o suporte técnico do Grupo Executivo de Gestão Metropolitana e deve estar disponível já em março do ano que vem. A cidade do Rio de Janeiro conta com sistema semelhante chamado Geovias. O Geovias Metropolitano foi inspirado nesta ferramenta.

 Cartografia

O Governo do Estado, por meio da Câmara Metropolitana de Integração Governamental, realizou no início deste ano um levantamento aerofotogramétrico das áreas urbanas de 19 municípios da Região Metropolitana e de toda a extensão do Arco Metropolitano no início deste ano. O Grupo Executivo, criado pelo governador Luiz Fernando Pezão para intensificar ações que beneficiem as cidades, coordenou voos para registrar em fotografias aéreas e em plantas os detalhes topográficos da região. No total, foram produzidas 7 mil fotos que, em seguida, foram transformadas em ortofotos, material cartográfico com pontos que podem ser medidos e identificados com precisão.  A cartografia servirá de base para a implantação do programa.

Crédito: Shana Reis

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